A Eva mitocondrial: o que o DNA pode nos mostrar sobre nossa evolução?
Aqui ainda vamos abordar evidências da "criação" do ser humano, emprestando o nome Eva. E mantemos em mente as provas físicas que fósseis nos deixam. Vamos explorar cada vez mais. Antes, tenhamos em mente que quando aparece alguma diferenciação em algum ser, este passa a ser o primeiro, ou seja, podemos chamá-lo de Adão ou de Eva. Todo animal ou planta originou-se de um primeiro.
A Bíblia afirma que todos nós somos descendentes de uma única mulher, chamada Eva e de um único homem, chamado Adão. Cientistas fizeram análises de DNA de homens e mulheres do mundo todo e constataram que todos nós descendemos, de fato, de uma mulher que viveu, provavelmente, há 150 mil anos.
A Bíblia afirma que todos nós somos descendentes de uma única mulher, chamada Eva e de um único homem, chamado Adão. Cientistas fizeram análises de DNA de homens e mulheres do mundo todo e constataram que todos nós descendemos, de fato, de uma mulher que viveu, provavelmente, há 150 mil anos.
O DNA é uma molécula que registra
todas as informações para que um ser vivo exista e se reproduza. É o DNA que
mantém a hereditariedade e que faz com que os filhos sejam semelhantes aos
pais.
O DNA localiza-se no núcleo das
células, porém existe um DNA pequeno que habita o citoplasma das células, é o
DNA mitocondrial. As mitocôndrias são as geradoras de energia nas células. Como
as mitocôndrias do espermatozóide se consomem na tarefa de encontrar o óvulo,
todos nós herdamos as mitocôndrias de nossas mães, ou seja, os homens não
transferem suas mitocôndrias para os filhos. E o DNA mitocondrial dos filhos é
igual o das mães.
Com o cromossomo Y, que somente
os homens têm (nos homens forma-se o par XY enquanto que nas mulheres forma-se
o par XX), acontece o mesmo, é transmitido somente pelo pai e o Y do filho é
igual o do pai.
Eventualmente, o cromossomo Y e o
DNA mitocondrial podem sofrer mutações inofensivas, gerando variações. Quanto
mais o tempo passa, mais o acúmulo de mutações diferencia as pessoas.
Um estudo da pesquisadora Rebecca
Caan, da Universidade da Califórnia, constatou que os africanos tinham um DNA
mitocondrial variado enquanto o dos europeus mostrava pouca variação (portanto
os DNA eram mais jovens), constituindo uma única linhagem. Os estudos das
variações chegaram a uma única mulher da qual descendemos todos, a Eva
Mitocondrial, que viveu há 150 mil anos. É a “homo sapiens” mais antiga que
podemos rastrear. Ela e seu grupo viviam na África central cercados por
desertos.
Há 80 mil anos, os humanos
estavam nas costas da África. Nessa época, o mundo vivia uma Era Glacial, o
nível do mar era 45 metros mais baixo, ao norte havia um grande deserto que
extinguiu todos os homo sapiens que viviam até no Oriente Médio, como pode ser
constatado em fósseis humanos encontrados em Israel (acredita-se que foram
extintos há 110 mil anos em uma grande seca). Porém, o Iêmem, mais verde e
úmido, estava há apenas 16 km da África e por mar raso.
Nessa época, existiriam perto de
dez mil seres humanos espalhados pela África. A fome deve ter encorajado um
grupo de 250 homo sapiens a atravessar o mar Vermelho. Nesse pequeno grupo
estava a nova Eva, a mãe de todos os humanos fora da África. Os cientistas estimam
que depois de mil anos, as cinco ou seis linhagens genéticas de mitocôndrias
foram reduzidas a apenas uma, dessa nova Eva.
Em menos de seis mil anos, esses
humanos, com a melhora do clima, foram para o oriente até chegar à Malásia, dez
mil km da África. Como sabemos? O vulcão Toba, da Sumatra, explodiu há 74.000
anos, cobrindo de cinzas e preservando para nós as evidências de nossos
antepassados. A análise do DNA dos malaios confirmou essa tese.
A imigração também ocorreu ao
norte, pelo Oriente Médio, Ásia e, finalmente, a Europa, aonde chegaram há
40.000 anos. Aí, os negros tornaram-se brancos, de cabelos lisos e olhos
claros. Há uns 20.000 anos, uma nova era glacial baixou os oceanos ligando a
Ásia à América, permitindo nova expansão humana pelo nosso continente.
Na Europa, já viviam os
neandertais, espécie humana mais primitiva. Então há 27.000 anos, eles foram
extintos. Pelos homo sapiens? Ninguém sabe exatamente. Também na Ásia, os
últimos homo erectus foram extintos, depois de existirem por cerca de dois
milhões de anos.
Pela primeira vez, em cinco
milhões de anos, só havia uma espécie humana no planeta, o homo sapiens.
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