Preâmbulo para calcular a idade da Terra: camadas de gelo nos polos podem ajudar?

O ser humano tem uma característica maravilhosa, a diversidade. Absorvemos conhecimentos por experiência própria e por meios de transmissão, como livros e TV, isso forma nosso modo de pensar, nossas filosofias, religiões e teorias científicas. Nossa contribuição atualmente é insignificante, salvo raras exceções, porque tudo está formado, embora nos comportemos como os descobridores daquilo que seguimos. Também julgamo-nos sábios e queremos impor nossas “verdades” aos demais. Às vezes, exageramos e passamos dos limites. Assim, a primeira qualidade para viver em comunidade é o respeito ao livre-pensamento, ao que o outro pensa e crê.

Para os judeus, Deus criou o universo e a Terra há quase 6000 anos. Já os hindus criam que tudo fora criado há mais de 8 bilhões de anos, caso único de uma cultura acreditar nisso. Para a ciência, hoje, calcula-se em mais de 12 bilhões de anos. Sendo que a Terra teria uns 4 bilhões e a há um bilhão de anos, as primeiras plantas liberam oxigênio na atmosfera. Há 600 milhões de anos, houve a explosão cambriana, onde a vida espalhou-se. Mas nem todos os cientistas acreditam na evolução, mas sim na Criação divina de tudo em seis mil anos.

Os “cientistas criacionistas” têm que refazer seus cálculos, pois a ciência tem como provar uma idade mais antiga para a Terra de modo inconteste. Anualmente, toda neve que cai na Antártida forma uma camada de gelo que nunca derrete porque a temperatura nunca é maior que zero grau. Assim, basta contar as camadas e verificar a idade que o gelo testemunha.

Há dez anos, o cientista Thomas Stocker, da Universidade de Berna (Suíça) já verificou 800 mil anos, ou seja, os criacionistas, incluindo os judeus, terão que refazer suas crenças sobre a idade da Terra. E mais, cientistas chineses e australianos analisam agora a possibilidade de escavar em regiões da Antártida onde há camadas de gelo ainda mais antigas, em alguns pontos a 4.500 metros de profundidade, isso poderá ampliar o estudo da Terra em 1,5 milhão de anos atrás.

Isso não é um atestado para a Teoria da Evolução de Darwin, que ainda apresenta muitos pontos falhos para serem explicados. E nem para a teoria do Big Bang, inicialmente concebida pelo Padre Lemaitre. Temos muito a aprender ainda.




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