A maior extinção: a dos dinossauros não foi a primeira nem a maior

Vivemos um período de extinção em massa, tão agressivo que muitos já classificam nossa era como a sexta extinção. Outras cinco já aconteceram e poucas criaturas sobreviveram. Dos seres dominantes, hoje mal temos os fósseis para nos ensinar. E se não entendermos o sinal de alerta que a Paleontologia nos dá, faremos parte dos extintos também.

Já sabemos que e como os dinossauros foram extintos há 65 milhões de anos e, agora, estamos descobrindo uma nova e maior tragédia ocorrida na passagem do Permiano e Triássico, há 250 milhões de anos.  Durante o período Permiano havia um sistema bastante complexo. É o que se descobriu.

Essa descoberta teve início quando um fazendeiro encontrou uma pegada e, dez anos depois, um geólogo a levou à Universidade de Bristol. Iniciou-se o longo caminho a descobertas não imaginadas. Descobriu-se espécies desconhecidas, e que alguns répteis estavam tornando-se mamíferos.
Entre esses "proto-mamíferos" encontramos o nomeado listrossauro (porco pré-histórico) e o terapsídeo (besta arqueada). Eram muito mais avançados que os dinossauros. Entre as vantagens que possuíam, tinham o queixo móvel, que permitia mastigar e triturar, e uma dentição mamífera. Estranhas criaturas viviam nessa época, são os nossos ancestrais.

Após uma longa espera na fila de um hospital, um pesquisador realizou uma tomografia computadorizada de um fóssil de terapsídeo e constatou que eles provavelmente tinham ossos pneumáticos na região nasal, utilizados para aquecer o ar que entra nos pulmões.

As escavações revelaram a maior tragédia acontecida para a vida na Terra. Algo aconteceu, extinguindo quase toda a vida terrestre e 90% da vida nos oceanos. Mas o que teria ocorrido? Teria um asteróide atingido o planeta como ocorreu com a extinção dos dinossauros? Nenhuma cratera dessa época ou evidência foi encontrada! Seria uma grande atividade vulcânica?

Acredita-se que a causa foi o movimento das placas tectônicas, ou seja, há 350 milhões de anos todos os continentes fundiram-se em um único, chamado de Pangeia. Os mares internos secaram formando o supercontinente. Sem as linhas costeiras e a água (que é estabilizador da temperatura) para amenizar a temperatura a Pangeia tornou-se um grande deserto.

O aumento da temperatura fez com que o calcário nas margens costeiras dissolvesse na água do mar transformando-se em ácido carbônico. A acidez provocou a grande extinção marinha. Quando o ácido carbônico evapora, torna-se gás carbônico (CO2) que por sua vez provoca o efeito estufa aquecendo ainda mais o planeta.

Toda a fantástica evolução mamífera foi interrompida, encerrando uma página da história. Desses, somente o listrossauro sobreviveu, juntamente com alguns répteis e umas poucas plantas. Após dez milhões de anos, os listrossauros tornaram-se roedores. Desses mamíferos sobreviventes, muitos milhões de anos depois da extinção dos dinossauros, vieram os esquilos, lêmures, macacos e, finalmente, os humanos. Já os répteis deram origem aos dinossauros, cada vez maiores e mais terríveis.

A extinção faz parte da história da vida na Terra. Já ocorreram cinco extinções. A última foi há 65 milhões de anos, a dos dinossauros. Uma comparação com a extinção do permiano faz refletir que talvez estejamos entrando na sexta extinção em massa. E talvez nós próprios não sobrevivamos! Quando eu era criança, aprendi de meus professores que se deve estudar história para não cometer os mesmos erros de outros. Por isso torna-se importante que cada cidadão esteja atento ao que já aconteceu a outras espécies em eras passadas e pense no futuro das gerações humanas vindouras...

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