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Mostrando postagens de novembro, 2021

Agropecuária em risco

 Publicado a partir de 6 de julho de 2020   Junho foi um mês marcado por más notícias que afetarão os negócios agropecuários do Brasil em futuro próximo e que o governo Bolsonaro e seus ministros do Meio-Ambiente e de Relações Exteriores não conseguem enxergar. Para piorar, o ministro Salles é mostrado nas gravações da reunião ministerial aconselhando o presidente a aproveitar-se da morte de brasileiros pela Covid-19, uma vez que esse tema distrairia a imprensa. Lamentável!   Não foi surpresa que um grupo de 29 fundos de investimentos quer discutir com o governo brasileiro o aumento da devastação na floresta amazônica. E estes fundos somam US$ 4,1 trilhões (para saber o que esse valor significa, é mais do dobro do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no ano passado, que foi de US$ 1,8 trilhão.   Esse descontentamento começou no ano passado, depois que o aumento da devastação culminou na demissão do diretor do INPE, o físico Ricardo Galvão. Além da chuva de “fake news” que s

1.000 mortes todo dia

Publicado a partir de 30 de junho de 2020   O Brasil teve todas as condições para vencer o coronavírus em menos de 45 dias: chegou aqui quando a Itália e Espanha já experimentavam o resultado de não fazer a quarentena total (lockdown), com mortos acumulando para enterrar; os governadores e prefeitos estavam assustados e dispostos a qualquer desgaste político; o governo federal estava infestado de militares, gente que se supunha preparada para lidar com invasões da Pátria... O que deu errado?   Esses militares -nem na ditadura militar se viu tantos no governo- mostraram-se despreparados -não entenderam, nem entendem como funciona uma guerra biológica-, desqualificados -falta qualificação básica, como da geografia do próprio Brasil-, e apego ao cargo -tremenda falta de patriotismo. Nenhum militar viu ou vê o desastre.   O pior é ter um presidente que não entende o seu cargo e é incapaz de compreender questões básicas como o perfil do seu eleitor. Por exemplo, pesquisa Datafolh

Uma análise sobre a Covid-19

Publicado a partir de 21 de junho de 2020   A boa notícia é que já aconteceu uma inflexão na curva de mortes diárias do Brasil, venceríamos com uma quarentena mais dura, mas a abertura do comércio mostra-se precoce e sem base científica e os países em situação semelhante que tentaram isso fracassaram. Os casos já subiram e as mortes devem seguir.   A curva do contágio e mortes das epidemias ou pandemias, e a Covid-19 não poderia ser diferente, no eixo X colocamos o dia (ou semana) e no Y, a quantidade de mortes registrada naquele dia, conforme passam os dias, a quantidade segue uma curva exponencial na subida -cresce segundo uma razão-, até acontecer a inflexão da curva, que muitos chamam de platô ou teto, então cai também em uma exponencial com uma razão de queda. Outro gráfico útil é o da quantidade total de mortes até o dia. Algo que chama a atenção na Covid-19 é o grande desvio padrão dos dados coletados, é preciso melhorar isso.   Observando essas curvas da pandemia

Mutações do coronavírus

Publicado a partir de 16/06/2020   Vivemos tempos fantásticos em Ciência e Tecnologia, milhares de laboratórios de pesquisa científica, produção de vacinas e remédios, milhões de cientistas especializados e muito dinheiro disponível.   Há cem anos, a Gripe Espanhola (que deveria chamar-se estadunidense) ceifou milhões de vidas logo após a Primeira Guerra Mundial, estimou-se a letalidade em 2,5% de mortos entre os infectados, e ainda prejudicou a economia mundial.   Nessa época, a Ciência contra patógenos era incipiente, Alexander Fleming só descobria a Penicilina dez anos depois.   Hoje, com todo o aparato tecnológico e científico, enfrentamos um vírus, o novo coronavírus ou SARS-CoV-2, que se atribuiu uma letalidade de 3,4%, mas a realidade em países europeus ricos e que tiveram mais de nove mil mortos mostram outros números. A letalidade na França é de 19%, na Bélgica é de 16%, na Itália e no Reino Unido é de 14%. Talvez esses países estejam testando os que morrem de outras

Vírus que caem do céu

  Nunca ouvi alguém especular sobre chuva de vírus, jamais conheci alguém que imaginasse ser possível tal coisa. Mas um estudo de cientistas da Universidade da Colúmbia Britânica e que foi publicado na Revista da Sociedade Internacional de Ecologia Microbiana (International Society of Microbial Ecology Journal), foi o primeiro a contar o número de vírus que caem no planeta. A pesquisa, no entanto, não foi projetada para estudar a gripe ou outras doenças, mas para obter uma melhor noção da “virosfera”, a parte da atmosfera que contém os vírus no planeta.   Os cientistas partiram da suposição que há um fluxo de vírus circulando o planeta, acima dos sistemas climáticos do planeta, mas abaixo do nível das viagens aéreas. Muito pouco se sabe e é por isso que o número de vírus depositados surpreendeu a equipe na Espanha.   No alto das montanhas da Sierra Nevada, na Espanha, uma equipe internacional de pesquisadores montou quatro baldes para reunir uma chuva de vírus caindo do céu.