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Mostrando postagens de fevereiro, 2022

E a descoberta era brasileira

 Publicada em abril de 2004   Foi divulgada na revista científica Nature, a notícia de que dentistas americanos, liderados pelo cientista Gary Hack, haviam descoberto um novo músculo facial. Essa "descoberta" surpreendeu um grupo de pesquisadores brasileiros. O músculo, chamado pelos cientistas da Universidade de Maryland de esfenomandibular está envolvido na mastigação, mas já havia sido descrito pelos brasileiros em 1978. O problema é que o artigo foi publicado na Revista da Faculdade de Odontologia da Unesp em Araraquara, de pouca circulação e em português. Os autores, Luís Roberto de Toledo Ramalho, Carlos Landucci e Hélio Ferraz Porciúncula, acharam que era pouco provável que fosse um músculo novo, considerando os séculos de dissecção passados, e o rotularam como sendo apenas "uma região profunda do músculo temporal humano". Luís Toledo enviou uma copia do trabalho a Gary Hack, de Maryland, declarando que não estava interessado em nenhum tipo de polêmica, s

Evolução ou criação

Publicado em abril de 2004   Não pretendo desmerecer nenhuma religião, mesmo porque sou religioso, mas é preciso que a religião não ultrapasse seu limite e queira ensinar ciência baseado na Bíblia. Já observaram quantas religiões do passado já não existem mais? E quantas temos hoje: uma para cada gosto! Milhares de anos de religiosidade e, parece, Deus (ou qualquer um dos deuses de antão) não abençoou muito os seres humanos, já que até o século passado a mortalidade infantil era muito alta, sofria-se muitas dores, morria-se cedo por qualquer doença, mulheres morriam no parto, etc. Foi o advento da Ciência, através de vacinas, remédios, vitaminas, cirurgias, eletricidade, tratores, aquecedores, refrigeradores e tantos equipamentos da modernidade que promoveram a melhoria na saúde, a longevidade e, claro, a qualidade de vida. A Ciência é o nosso maior benfeitor. Nossa maior bênção. Por isso, a Religião deve conhecer seu lugar comum, seus limites. Não pode, nem deve concorrer com a

Mitos Alimentares

 Publicando em novembro de 2003 Nas últimas décadas criaram-se alguns mitos sobre tipos de alimentos e modos de preparo que não necessariamente correspondem à crença popular. Para desfazer esses enganos, a agência inglesa FSA (Food Standard Agency) elaborou uma cartilha. O primeiro erro a ser desmistificado foi o tradicional desjejum, ovos com toucinho. Para os nutricionistas da FSA, ovos cosidos, toucinho magro e tomates grelhados sem gordura podem ser servidos com   farinha de rosca fina é um desjejum balanceado e saudável. Nem tudo que é dito “low fat” é saudável. A gordura dos alimentos é substituída por outras que podem ser mais calóricas do que a gordura original. Outra crença é que as frutas desidratadas não são tão boas quanto as frutas frescas. Isso também está errado. A dieta diária recomendada é de pelo menos cinco porções de frutas e vegetais, não importando se estiverem frescas, congeladas, desidratadas ou na forma de sucos. Atenção, suco só uma dose por dia no máx

Propaganda violenta

 Publicado em maio de 2003   A Universidade de Michigan realizou um estudo para medir a lembrança de propagandas que são inseridas em programas que tenham conteúdo violento ou sexual. O estudo foi apresentado em agosto último na reunião anual da American Psychological Association. A pesquisa vai representar um duro golpe contra os produtores de programas que exploram a violência ou usem algum apelo sexual. O estudo foi conduzido pelo cientista Brad Bushman e envolveu 324 telespectadores que foram solicitados a assistir programas de 40 a 45 minutos com conteúdo sexual, violento e neutro na TV a cabo. Durante os comerciais, cada grupo assistiu propaganda também com conteúdo violento, sexual e neutro. Depois, era solicitado que dissessem os nome dos produtos apresentados nas propagandas. A primeira descoberta foi que a quantidade de pessoas que se lembravam dos mesmos comerciais inseridos nos três tipos de programas foi 19% menor quando a propaganda era inserida nos programas viol

Para proteger o coração

 Publicado em maio de 2003 Se há uma coisa que os homens são bons é cair por causa do coração. Não! Não é por paixão não, é morto mesmo. Todo ano, os problemas cardiovasculares causam a metade das mortes dos homens nos Estados Unidos. E o que é pior, um terço deles foram pegos de surpresa, sem nenhum aviso. Ter problemas do coração seria melhor “sofrer” de paixão. Mas o assunto é sério. Enquanto que a paixão não tem solução (ainda bem!), afinal somos humanos, as doenças do coração podem ser minimizadas e previstas. Das novas descobertas dos cientistas, seguem dez regras simples para proteger o coração e ampliar sua convivência com as pessoas que você ama. A primeira providência é explorar o novo teste divulgado no New England Journal of Medicine . O novo teste, chamado HSCRP (highly sensitive C-reactive protein), é duas vezes mais efetivo para prever ataques cardíacos e derrames do que o teste de colesterol atualmente utilizado. O teste mede uma proteína do sangue relacionada aos