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Mostrando postagens de outubro, 2021

Mutações do coronavírus

Vivemos tempos fantásticos em Ciência e Tecnologia, milhares de laboratórios de pesquisa científica, produção de vacinas e remédios, milhões de cientistas especializados e muito dinheiro disponível.   Há cem anos, a Gripe Espanhola (que deveria chamar-se estadunidense) ceifou milhões de vidas logo após a Primeira Guerra Mundial, estimou-se a letalidade em 2,5% de mortos entre os infectados, e ainda prejudicou a economia mundial.   Nessa época, a Ciência contra patógenos era incipiente, Alexander Fleming só descobria a Penicilina dez anos depois.   Hoje, com todo o aparato tecnológico e científico, enfrentamos um vírus, o novo coronavírus ou SARS-CoV-2, que se atribuiu uma letalidade de 3,4%, mas a realidade em países europeus ricos e que tiveram mais de nove mil mortos mostram outros números. A letalidade na França é de 19%, na Bélgica é de 16%, na Itália e no Reino Unido é de 14%. Talvez esses países estejam testando os que morrem de outras doenças e descobrindo que é covid-

Ensinamentos esquecidos da Talidomida

Quem nasceu nos anos 1960 conhece bem a história da talidomida, uma droga lançada pela empresa alemã Grünenthal, em 1957, para combater o enjoo matinal comum entre as grávidas e ainda contra a insônia, dores de cabeça e tosse.   Em alguns anos de uso dessa droga, associaram-na ao nascimento de crianças com malformações graves. Estudos epidemiológicos revelaram uma forte associação entre o emprego da substância e o nascimento de crianças com problemas de desenvolvimento nas extremidades do corpo, a dismelia, Os efeitos da droga podiam ser ainda mais graves, atrapalhando a formação de olhos, aparelho digestivo e genital e até do coração. Boa parte dos bebês afetados não sobreviveu.   O uso da droga durante a gravidez foi banido no mundo inteiro, embora ainda seja indicada para complicações derivadas da hanseníase e da Aids, inclusive no Brasil. A Grünenthal seguiu os protocolos de segurança da época antes de lançar a droga no mercado. É de se esperar que esses protocolos sejam di

Passos para reabrir os negócios

Dias atrás, a Escola de Saúde Pública da Universidade de Michigan divulgou um trabalho do seu pesquisador Rick Neitzel, que é especialista em saúde ocupacional e ambiental, em que descreve as cinco etapas que empregadores e empregados devem seguir juntos para voltar ao trabalho da maneira mais segura possível.   Esse trabalho é importante porque muitas empresas de vários países estão se preparando para começar a reabrir seus locais de trabalho. O primeiro passo é aceitar a situação.   A COVID-19 continuará por muito tempo. Há necessidade de mudanças nos locais de trabalho, melhorar a segurança dos trabalhadores e clientes para evitar uma segunda onda de infecções potencialmente catastrófica.   O segundo passo é fazer um plano. Os empregadores precisam desenvolver um plano escrito de controle de infecção que identifique os possíveis riscos no local de trabalho e estabeleça estratégias para controlar esses riscos. Esse plano deve estar em vigor antes da reabertura dos negócios. F

Progressão e regressão do coronavírus

  Demorou 60 dias para termos 20 mil mortos e os matemáticos dizem que em 13 dias vai chegar a 40 mil? É claro que não! Será?   Muita gente ainda não entende o que seja progressão geométrica. Progressão geométrica é quando em uma sequência numérica, cada termo é igual ao produto do termo anterior por uma constante. Por exemplo, a poupança, antigamente, pagava 6% ao ano, ou seja, a razão é 1,06. Nesta razão, o capital aplicado dobrava a cada 12 anos. Se fizéssemos a conta por mês, a razão seria 1,00487 (ou 0,487%). E qual é a razão da progressão geométrica da Covid-19 no Brasil nas últimas semanas?   Antes uma lembrança. Certa feita, talvez na oitava série, em 1976, um aluno inquiriu o nosso professor Nelson Pires, professor de Matemática muito bem quisto em Catanduva, para que serviria a Progressão Geométrica em nossas vidas ordinárias e ele respondeu que um dia saberíamos a utilidade. Esse dia chegou e é hoje!   Se observarmos as mortes diárias veremos que é uma progress

Os idosos em tempos de coronavírus

  Dias atrás, a Universidade de Michigan divulgou um estudo da cientista Sheria Robinson-Lane, que é gerontologista e professora assistente da Escola de Enfermagem, e é especialista em cuidados paliativos e de longo prazo e administração de enfermagem. Sua pesquisa se concentra no cuidado e apoio aos idosos com deficiências cognitivas ou funcionais, ou ambas, e nas maneiras como os idosos se adaptam às mudanças na saúde, particularmente como estratégias de enfrentamento adaptativas afetam os resultados da saúde.   Isso tem grande importância, pois os moradores e trabalhadores de casas de repouso representam cerca de um terço das mortes de COVID-19 nos Estados Unidos, até agora. No estado de São Paulo, a pandemia do novo coronavírus já provocou mais de 20 mortes em asilos no interior do estado. Há casos confirmados nas últimas semanas em ao menos cinco cidades, idosos e funcionários.   Alguns de nossos adultos mais vulneráveis ​​vivem em lares de idosos, seja para reabilitação

Sete semanas de escuridão

(Publicado em 11-05-2020)   Algumas notícias assustadoras assaltaram-nos neste fim de semana passado: crianças estão morrendo de uma doença rara, mas que deixou de ser rara com o coronavírus grassando os Estados Unidos e o Reino Unido. A flexibilização da Alemanha durou apenas cinco dias e o coronavírus retornou, impressionante! Na Coreia do Sul, que estava vencendo o coronavírus, também aconteceu o mesmo, aliás, políticos ligados ao governo federal mentem dizendo que neste país não aconteceu quarentena.   Esses fracassos nos fazem perguntar: quando vai acabar a quarentena? E quando acabar, como será? Os países que ignoraram a letalidade do vírus, Itália e Espanha, acompanhamos pela TV o que aconteceu. A Itália decretou o confinamento total (“lockdown”) no dia 9 de março, querem flexibilizar agora, mas com dois meses depois desta data, contabilizam 200 mortos por dia em média. Já a Espanha decretou o confinamento e m 14 de março, dois meses depois, está iniciando a flexibilização

A Meta é 70% - Lockdown ou morte

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  Obviamente, o assunto não poderia ser outro senão a covid-19, a doença do século XXI. O desastre que ninguém vê, nem desenhando... A China decretou “Lockdown” em 23 de janeiro, dia em que morreram 8 pessoas, arrisco a dizer que o isolamento era maior que 90%. E mesmo com uma quarentena rigorosíssima, as mortes continuaram a subir por mais dos alegados 14 dias, subiu por 21 dias, chegando a registrar 146 mortos no dia 12 de fevereiro e permaneceu nesse patamar até dia 23, um mês depois do “Lockdown”. Foram necessárias ainda, 7 semanas para praticamente zerar as mortes.   Na Itália, as mortes começaram no dia 21 de fevereiro e só em 9 de março, a Itália decretava o “Lockdown”, restringindo o movimento da população, exceto pelas necessidades, trabalho e condições de saúde. No dia anterior, haviam registrado 133 mortes, número que subiu a 919, no dia 27 de março. Nos últimos dias, até dia 29 de abril, são mais de 300 mortes por dia. Em 14 de março, a Espanha decretava “Lockdown”, d