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Mostrando postagens de dezembro, 2021

Vacinas derrotarão o coronavírus em maio

Publicado em 1o. de março de 2021     Antes de mostrar que reduziremos drasticamente o número de mortes em maio, quero lembrar a minha previsão feita em julho do ano passado. Sou professor de Inteligência Artificial há muitos anos e um tópico importante de IA é analisar as variáveis da equação que rege um sistema e qual o coeficiente (peso) de cada variável. E o contágio da população pode ser visto como um sistema.   Naquele julho, muitos não respeitavam o distanciamento, que é uma importante variável e que tem grande peso (coeficiente), mas não é a única. Percebi que era um erro fundamental entender a imunidade populacional entre 60 e 70%, esse número deveria ser considerado junto com o isolamento social que estava próximo de 50%. Só isso já nos intuiria estimar a imunidade coletiva em torno de 30%, mas considerando exponencialmente o isolamento, então a imunidade deveria funcionar de 10 a 20% da população infectada, já atingido provavelmente nos grandes centros. Ressaltemos que i

A economia do futuro

Estudei Ciência da Computação na Universidade Federal de São Carlos, de 1981 a 1984, em uma mesma época que se desenvolvia no Japão a computação de quinta geração, que revolucionaria o uso do conhecimento pelas inteligências artificiais. Os robôs também invadiam as fábricas e pareciam tomar o lugar do ser humano. Nessa época, intuí que o Estado deveria ter o controle social da automação.   Há que se pensar que, talvez, eu estivesse influenciado pela visão estatista das décadas anteriores. Obviamente, criar estatal não deve ser a meta, a tecnologia que os institutos e universidades públicas fazem talvez já seja suficiente para manter o controle.   Os estados e o próprio governo federal deveriam seguir o bem-sucedido exemplo de São Paulo que em 1947 introduziu na Constituição Estadual um artigo que destinava 0,5% da receita tributária para a FAPESP, Fundação de Apoio a Pesquisa, que foi aumentado para 1% em 1989. E, mais, de acordo com a lei que criou essa Fundação, seus custos ad

600 mil mortes evitáveis

 Estamos atingindo mais um número inacreditável de mortes nesta pandemia, são 600 mil mortes por Covid-19, que precisa ser frisado, mortes evitáveis! Evitáveis como foi feito por China Itália, Espanha, Alemanha, Israel, Nova Zelândia... Através de "lockdown", distanciamento, medidas de higiene, como uso do álcool em gel.   Em janeiro, a vacinação começou mesmo no Brasil, com a CoronaVac e, a partir de abril, com a AstraZeneca. O pico de mortes aconteceu em 12 de abril, com 3.124 mortes na média de sete dias, a partir daí, o número de mortes começou a cair até 10 de setembro último com 454 mortes na média. Neste período, a cepa dominante era a de Manaus, chamada de p1 e, posteriormente, Gama.   Há pouco mais de dois meses, a mutante Delta chegou ao Brasil, dominando no Rio de Janeiro e invertendo a queda de mortes ali no dia 17 de agosto. Agora precisamos interpretar os dados: as vacinas protegem contra a variante Gama e já sabemos que a Pfizer e a AstraZeneca tem menor

Tecnologia e o primeiro satélite brasileiro

 No dia 9 de fevereiro de 1993, o Satélite de Coletas de Dados (SCD-1) era lançado pelo foguete Pegasus, um foguete que não sai do chão, mas da asa de um avião, o primeiro do Brasil. E, na verdade, uma fantástica história de sucesso da tecnologia nacional.   Eu fui contratado pelo INPE em 9 de outubro de 1985, já era o início do esforço do governo em recuperar as equipes e os salários para que o projeto fosse feito. Tudo era preliminar, por exemplo, concebiam um satélite estabilizado por mastro (pesquisem, é interessante), mas optou-se por giro, como um pião. No meu grupo, de computação (supervisão) de bordo, projetamos dois computadores com funções diferentes. Eu fiquei responsável pelo desenvolvimento do software e dos testes do computador e satélite.   O INPE foi meu primeiro emprego, não o único. Aventurei-me como microempresário, professor (ITA, Unitau, IMES), mas no INPE aprendi a fazer tecnologia de ponta. Tive que fazer cursos para trabalhar com qualidade, testes, verif

A vacina chinesa do Dória

Publicado em janeiro de 2021   Inculcaram no presidente Bolsonaro (a CIA?) que nosso maior parceiro comercial era mau. E ele assumiu uma postura quixotesca a ponto de referir-se à vacina do Butantan como sendo a “vacina chinesa do Dória” e que não iria comprar, tachando o produto chinês como de baixa qualidade e experimental. Essa atitude néscia e mesquinha contra um parceiro importante não condiz com a realidade e também é ingrata, já que Bolsonaro pediu e teve ajuda dos chineses quando o leilão do pré-sal estava fadado ao fracasso.   O presidente tomou a decisão inepta de investir bilhões de dólares do Erário somente na Astrazeneca que não é tão inglesa assim. Desprezou a oferta da Pfizer, a Moderna e outras. Já o Instituto Butantan não fez parcerias mais avançadas tecnologicamente porque não teria tempo e o investimento estava acima da capacidade. Aliás, tudo o que o Butantan fez para ter a Coronavac foi com recursos paulistas. Essas poucas vacinas que seriam para o estado es

Missão Marte 2026

Elon Musk é um empreendedor que tinha tudo para dar errado, investiu em uma fábrica de carros elétricos, a Tesla, e logo depois na Solar City que gerava energia elétrica através de painéis solares nos tetos das casas. E se esses projetos não fossem suficientes para produzir um futuro dúbio, ele também fundara, antes até dessas empresas, a SpaceX - Space Exploration Technologies Corp., em 2002. Juntamente com outros empreendimentos acumulou fortuna a ponto de tornar-se o homem mais rico do planeta, ou o segundo, dependendo das flutuações do mercado.   Obviamente, a história mais fascinante foi a da SpaceX que inovou conceitos de foguetes e desenvolveu uma família de foguetes Falcon e de nave espacial Dragon, que atualmente entregam cargas úteis na órbita terrestre.   O primeiro foguete de combustível líquido também foi o primeiro com financiamento privado a chegar à órbita da Terra, o Falcon 1, em 2008. Também teve a primeira nave espacial, o Dragon, que foi lançada e recuperada

O novo coronavírus inglês

O vírus Sars-Cov-2, nome do coranavírus que causa a doença Covid-19 está derrotando a humanidade, não pela sua letalidade, mas pela ignorância de autoridades, inclusive médicos. Certamente, o ensino de Matemática faz muita falta, especialmente no entendimento de progressão geométrica e exponencial.   A incapacidade intelectual do presidente da República e de seu ministro da Saúde é inacreditável. No caso do presidente, parece ser caso de preguiça em estudar, já que ele demonstra grande compreensão na necessidade da volta da impressora nas urnas eletrônicas, entendeu que o eleitor nem toca na impressão e que ela é cortada e misturada no coletor lacrado... Coisa que alguns ministros do STF não entenderam ainda. Quanto ao ministro da Saúde, como ele chegou a general?   Em uma “live” sobre a pandemia dias atrás, comportaram-se como pândegos fazendo patetada, presidente Moe e ministro Curly. O presidente só fala que precisa da ANVISA para usar a vacina, o que eu pergunto: a ANVISA

O poder das nações

Quando se falam do poder das nações, o conceito muda de acordo com os interesses que um povo coletiviza, como o poder bélico, econômico, território e população. É claro que tudo começa pelo econômico e utilizamos o Produto Interno Bruto (PIB) para estabelecer uma lista ordenada e medimos a importância de cada país pela posição que ocupa em relação aos demais.   Considerando somente os países, o Banco Mundial listou, com informações de 2019, em primeiro, os Estados Unidos da América com 21,4 trilhões (cada tri é 1 seguido de 12 zeros), China com14,3 tri, Japão com 5 tri, Alemanha com 3,8, Índia com 2,9, Reino Unido com 2,8, França com 2,7, Itália com 2 e o Brasil com 1,8 trilhões, Canadá com 1,7 e Rússia com quase 1,7.   Não precisa pensar muito para ver que esses valores brutos não significam muito, é preciso considerar a população que produziu esse PIB, por isso o PIB per capita é tão importante quanto. O mesmo Banco mundial mostra com dados de 2018: Mônaco com 185,7 mil dól