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Mostrando postagens de fevereiro, 2020

O exemplo de Champollion

    Em 1.801, o governador da província de Isere, o famoso cientista Joseph Fourier, durante uma inspeção de rotina nas escolas, descobriu um garoto excepcional de apenas onze anos, Jean François Champollion. A inteligência do rapaz e sua inclinação para as línguas impressionaram os seus mestres e também Fourier. O próprio cientista apresentou ao jovem os artefatos que iriam determinar o futuro de sua vida.     Fourier, como outros cientistas, participou das expedições de Napoleão pelo oriente médio. Fourier tinha a função de catalogar os monumentos astronômicos do Egito antigo. Era um trabalho exaustivo já que os franceses saquearam o Egito. Fourier editou um livro ilustrado sobre a expedição.     O garoto Champollion ficou fascinado com os artefatos daquela cultura perdida e estranha. Ficou estupefato com os hieróglifos, assim como todos os franceses de então. Toda a laia de especuladores e amadores, que se achavam cientistas, havia proposto explicações para aquela escrita "alie

Nem Newton, nem Einstein

    Passei minha juventude lendo biografias de grandes personagens. Alguns não foram assim tão vitoriosos como pensamos. Por exemplo, Newton é tido como o maior gênio que a humanidade já teve por ter desenvolvido teorias matemáticas e físicas, e todo mundo sabe disso, não é verdade? Quando aprendemos, a duras penas, o cálculo diferencial e integral, é chato pensar que ele desenvolveu isso quando tinha apenas 23 anos. Há uma lenda que diz que Newton dormia debaixo de uma macieira quando a queda de uma maçã o despertou para criar a Teoria da Gravitação Universal. O que poucos professores percebem é que Newton uniu, em uma lei, o céu e a terra. Uma lei que governa o movimento dos corpos celestes e a queda de corpos, como uma maçã.     Porém, e pouca gente sabe, Newton não explicou o que causava essa atração de corpos, apenas mediu o que ele chamou de força da gravidade. Era desconcertante até mesmo para o gênio, já que objetos se movem quando empurrados e não puxados. E essa ignorância pe

O Córtex Cerebral

    Observações de lesões na parte frontal do cérebro entre os animais vertebrados mostram que essas lesões são a causa da perda da iniciativa e da precaução. Nos animais superiores estas funções, muito mais elaboradas, são desempenhadas pelo Córtex. É no Córtex também onde se localiza a maioria das características humanas e cognitivas.     O Córtex é frequentemente dividido em quatro lóbulos: frontal, parietal, temporal e occipital. Acreditava-se que no Córtex havia conexões principalmente entre os lóbulos, hoje, sabemos que o Córtex está conectado também ao cérebro subcortical através de muitas conexões neuronais. Cada lóbulo tem muitas e diferentes funções, algumas devem ser divididas entre vários lóbulos.     Os lóbulos frontais parecem estar relacionados com a deliberação, a regulação das ações, a iniciativa, a consciência. Os lóbulos temporais com uma variedade de percepções, dos sentidos. Os lóbulos parietais com a percepção espacial e a troca de informações com o resto do corpo

O cérebro: o Sistema Límbico

    O Sistema Límbico é a parte do cérebro localizada entre o Córtex e o Complexo Réptil e é responsável pelas emoções vívidas. Descargas elétricas no Sistema Límbico, algumas vezes, resultam em sintomas similares àqueles produzidos por psicoses ou drogas alucinógenas ou psicodélicas. De fato, muitas das drogas psicotrópicas agem no Sistema Límbico.     A glândula principal no ser humano, a pituitária, faz parte do Sistema Límbico. Ela influencia outras glândulas, controla o sistema endócrino e está associada às mudanças de humor e estados da mente.     Outro componente é a amígdala, profundamente envolvida na agressão e medo. Estimulação elétrica da amígdala em animais domésticos aumentam incrivelmente os estados de medo e frenesi. Em um caso, um gato doméstico ficou aterrorizado diante de um pequeno rato branco. Um animal naturalmente feroz, como o lince, torna-se dócil quando sua amígdala é extirpada.     Disfunções no Sistema Límbico podem produzir ódio, medo ou sentimentalismo se

O cérebro: o Complexo Réptil

    O cérebro é uma tríade, anatomicamente dividido em três partes: o Complexo Réptil, o Sistema Límbico e o Córtex. Cada parte representa um estágio evolutivo do cérebro, do mais antigo ao mais recente. O Complexo Réptil foi o primeiro estágio, equipou os dinossauros e ainda hoje desempenha em nós as mesmas funções. Sem dúvida, cada novo passo na evolução do cérebro foi acompanhada de mudanças fisiológicas dos componentes pré-existentes.     O pesquisador Paul MacLean, chefe do Laboratório da Evolução e Comportamento do Cérebro, demonstrou que é o Complexo Réptil quem nos faz agir com a agressividade, desperta-nos os impulsos sexuais, o senso de territorialidade, o rito e a hierarquia social. Está aí a explicação do porque nossos políticos imponham sua burocracia estúpida, para esse tipo de ser humano o Córtex serve como elaborador da palavra na comunicação de suas loucuras e rituais. Já observou como temos filas (idiotas como seus responsáveis) em nossas organizações.     Intui